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"London calls me a stranger, a traveller..." (Londres me chama de estranho, um viajante..) - The City, Ed Sheeran.
Agora, durante minhas férias pela Europa, decidi escrever sobre minhas experiências de viagem. Posso dizer por mim mesma que, quando vamos a um lugar desconhecido, procuramos saber pelo menos um pouco sobre este novo local. E é sempre bom (acho) saber o que as pessoas que já foram acharam. Por isso, começo escrevendo sobre minha primeira ida à Europa, em julho de 2011, com duração de 21 dias. Fiquei 19 em Bournemouth, Inglaterra, e, depois, passei um fim de semana em Paris, França.
Inicio dizendo que fiz um intercâmbio com a World Study de Porto Alegre. Esse intercâmbio na verdade era para os estudantes de dois colégios da minha cidade. Já estou na faculdade desde o início de 2011, mas a filha da amiga da minha mãe, que é minha amiga, estuda num desses colégios. Minha mãe perguntou se eu poderia participar, afinal eu ainda não tinha completado 18 anos, e depois me fez a oferta. Tudo muito organizado, a World Study marcou encontros e conhecemos o diretor da Anglo Continental, o colégio onde estudaríamos inglês em Bournemouth. Ele foi muito atencioso e tirou todas as nossas dúvidas. A Anglo Continental é uma escola de inglês para estudantes de todo o mundo. É dividida em dois grupos: menores de 15 anos e maiores de 15. Recebemos tickets para o almoço, pois estava incluído no nosso pacote, mas é oferecido na escola, tendo um preço acessível (mais tarde vou comentar sobre a alimentação na Inglaterra).
Então, não ficamos em hotéis. Éramos um grupo de mais ou menos 25 pessoas. Os menores de 15 dividiram quartos, e os maiores ficaram em quartos sozinhos. Ficamos em casas de britânicos que trabalham hospedando estudantes de todas as partes do mundo. Qualquer problema, é só reclamar, e você trocará de família. Eu fiquei na casa de uma mulher muitíssimo atenciosa. Então, temos o quarto, a alimentação e tudo que possamos precisar nessa casa.
> Sobre a cidade:
Bournemouth é uma cidade voltada para o turismo. Tem mais de uma escola de inglês e gente de todas as nacionalidades. Muito bonita e bem cuidada, tem ônibus que vão para todos os lugares. Aviso que é bom cuidar e ter pontos de referências para ir aos lugares. Muita gente se perdeu indo para as casas. Eu tinha como ponto de referência para a Anglo Continental um cemitério que fica logo antes da parada do ônibus. Além disso, vale muito a pena (muito mesmo) comprar cartões para o ônibus. Eu comprei um de trinta dias, mas não lembro quanto custou. O que vale é poder usá-lo toda hora e não precisar pagar nada extra independente da quantidade de vezes que ele for utilizado num mesmo dia. Você pode andar de ônibus trinta vezes num dia e não vai precisar pagar nada mais do que o que foi gasto com o cartão. Se não for utilizar um cartão, é bom ter dinheiro trocado. Alguns ônibus têm dois andares, e todos funcionam como os do Brasil. Quando estiver chegando perto da parada, é só apertar num botão. Vai soar um barulho e uma luz ligará avisando aos outros que o ônibus vai parar logo. Um ponto interessante é que aparece no ônibus as ruas pelas quais ele está passando. Então, é fácil de se achar por lá. Já fora do ônibus, as ruas são parecidas e as casas praticamente idênticas. Por isso, repito: tenham pontos de referência se não quiserem se perder.
> Sobre as pessoas:
Fiquei, no início, com bastante receio sobre as pessoas que iria conhecer nesse intercâmbio. A maioria já se conhecia, mas todos foram muito receptivos comigo. Eu recomendo muito fazer intercâmbio. Acabamos conhecendo pessoas novas, fazendo novas amizades, e a Inglaterra é linda demais para ser aproveitada sozinha. É muito bom estar acompanhado. Isso, claro, varia de pessoa para pessoa, mas é ótimo estar acompanhado lá. Na escola, as turmas foram sorteadas, então não ficamos todos juntos. Eu fiquei com uma brasileira do meu grupo na turma, e o resto era da Espanha, Rússia, Alemanha, Argentina, etc. As aulas de inglês são diferentes das brasileiras. Meus professores foram Matty e Lucy (que é um doce de pessoa). Os dois conversaram com a gente sobre nossas experiências, os lugares que conhecíamos, qualquer assunto que pudesse aparecer. Como eles só falavam inglês, isso nos obrigava a falar a língua e treiná-la. Depois eles ensinavam algo rapidamente e tínhamos um tempinho extra para jogos que, mais uma vez, treinavam nosso inglês, especialmente por sermos novamente sorteados em grupos pequenos, onde a única língua em comum era o inglês. Observação: nada de testes, pelo menos com esses professores. Eles vão avaliar o nosso desempenho, e os trabalhinhos de casa, e, a partir daí, vão decidir se merecemos o diploma.
> Sobre os passeios:
Na escola, também eram oferecidos passeios a outras cidades. Os que fizemos já estavam também incluídos no nosso pacote. Visitamos Winchester primeiramente. É um amor de cidade, muito bem cuidada, assim como Bournemouth, jardins lindos e cheios de flores. Como em todos os lugares que fomos na Inglaterra, a maioria das lojas têm flores e plantas nas janelas.
Em outro passeio, fomos a Londres. Tivemos o azar de pegar chuva. Como esperado, a cidade estava simplesmente lotada. Uma parte do nosso grupo se perdeu do guia e tivemos que nos separar também para não nos perdemos entre nós. Por causa da quantidade absurda de sombrinhas, não conseguíamos nos enxergar direito e tivemos que nos separar muito do grupo que foi para Londres conosco. De qualquer forma, a cidade é linda, não me apaixonei tanto por Londres, preferi Bournemouth, mas é linda mesmo. Tivemos muito pouco tempo lá, acabamos correndo para ir até o Big Ben. No fim, tudo deu certo, mas não conseguimos ver muito. Eu recomendo um passeio de mais de um dia. Queria ter ido ao Museu de cera Madame Tussauds, mas esse era outro passeio. Curiosa e infelizmente, logo depois do nosso passeio a Londres, veio a notícia da morte de Amy Winehouse.
Num terceiro passeio, fomos ao Corfe Castle. Assim como todos os lugares que vimos, lá era lindo. Vale muito a pena tirar fotos panorâmicas lá, pegando todo o lugar numa única imagem.
Então, fomos a Oxford. Entramos numa universidade e depois ficamos livres por um tempo para almoçar e passear. Subimos num prédio, cujo nome não lembro, que tinha vista para toda a cidade. Vimos a banda Arabella (da qual falei aqui) tocando numa das ruas e fomos comer McDonald's. Por falta de lugar, comemos no chão do shopping até os guardas nos mandarem sair.
Voltamos a Bournemouth, fomos ao píer, andamos no balão que tem no centro (que é lindo demais) (foto do balão) e continuamos a curtir o resto do lugar.
> Sobre compras e tempo:
A maioria das coisas lá é barata. Eu tive que comprar blusões, porque, apesar de ser verão na Europa, passei muito frio na Inglaterra. Pela manhã, faz frio, e, se tiver sol, de tarde fica um pouco quente, voltando a esfriar de tardezinha. Por sorte, conseguimos muita coisa com preço acessível por lá. O único shopping que tinha era totalmente aberto (o que me surpreendeu), mas era muito bom. Fomos a inúmeras lojas, compramos inúmeras coisas e eu, especialmente, trouxe para o Brasil muitos moletons da Inglaterra. Então é bom preparar a mala com roupas para o frio e para o calor. Se procurar bem, no centro, dá pra achar muita roupa de boa qualidade e com preço bom. Fora isso, comprei também um iPod Touch. É realmente caro ligar da Europa para o Brasil, então aconselho ter um aparelho com internet para manter contato com o pessoal daqui. Paguei bem menos pelo iPod, e economizei bastante, deixando de ligar para quem quer que fosse que estivesse aqui no Brasil.
> Sobre alimentação:
Bom, não posso falar muito sobre isso. Íamos sempre correndo para muitos lugares, então não arriscávamos comer algo diferente lá. As pessoas na Inglaterra comem muita comida congelada, muita fritura, então recomendo muito comer frutas. A única que comi foi o mais próximo de alimento que consegui achar. Acabamos indo muito ao Burger King, McDonald's e ao Obscura (que era o nosso ponto de referência do centro, já que fica muito perto da parada final de todos os ônibus, e perto de tudo, na verdade). O que encontrei de diferente lá foi: no McDonald's, comemos o café da manhã, que foi panqueca e chocolate quente; e na Pizza Hut, que tem pouquíssimos sabores de pizza, mas (e dou ênfase nesse "mas") tem, de sobremesa, um cookie quente com chocolate derretido dentro e sorvete. Pode pedir para dividir, que daí é maior (e mais caro, claro). Foi a coisa mais deliciosa que comemos lá. No mercado, o Tesco, também pode-se encontrar muita coisa diferente, biscoitos, chocolates enormes, e o normal que encontramos no Brasil também. Na hora de pagar, podemos escolher entre os caixas normais e máquinas. Nessas máquinas, passamos as nossas compras e pagamos, sem precisar encarar filas ou coisas do gênero.
Enfim, a viagem foi simplesmente maravilhosa, uma incrível experiência. Num próximo post, falarei sobre minha viagem à Paris, quando fui em julho de 2011 (para ir à Eurodisney) e, mais tarde, em janeiro de 2012, para conhecer a cidade. Se tiverem alguma dúvida e eu puder ajudar, estou sempre disponível aqui.
4 Comments
23 de fevereiro de 2012 às 07:38
Uma brasileira queridíssima por sinal haha
Muito bom recordar um pouco da viagem :)
Uma das MAIS queridas, certamente, Lu! É bom mesmo, me fez sentir muita falta de lá e de vocês!
Só visitaria a iglaterra acompanhdda de outros brasileiros,e iria para lugares onde o clima seja um pouco parecido com o da capital de São Luis, no estado do maranhão, ou mais ou menos assim. Não se pode esperar mais de um país de clima temperado porem tão lindo qunto meu Brasil
É realmente muito melhor viajar acompanhado, mas o pessoal na Inglaterra é realmente muito gentil, principalmente nas cidades voltadas ao turismo. É verdade. Porém, tive sorte em ficar numa cidade muito bem cuidada e linda. Senti muita falta do Brasil, mas é muito bom conhecer lugares novos.
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